Telégrafo Sem Fio, popularmente
conhecido como “o bairro do Telégrafo”, é conhecido, essencialmente, por suas
características familiares, tendo por peculiaridades a presença de pequenos
mercados, feiras, comércios, mercantis, centros históricos, colégios estaduais
e entre outros locais predominantemente passados de geração em geração. À
alguns anos o bairro tem deixado de ser considerado periférico, passando a ser
um local promissor, onde já encontram-se grandes supermercados, farmácias e
comércios de grandes variedades.
O bairro São João do Bruno – como
era denominado antigamente – passou a ser chamado como Telégrafo quando um
“Telégrafo Sem Fio” foi instalado no local. Sua principais ruas e avenidas são
Senador Lemos, Curuçá, uma parte da 14 de março e Pedro Álvares Cabral. Embora não
seja tão conhecido quanto outros centros históricos, o bairro aloca lugares
como referências para a história da cidade de Belém, como o prédio da
Universidade Estadual do Pará (UEPA), localizado na Travessa Djalma Dutra,
onde, inicialmente, tinha como intuito ser uma penitenciária estadual; e um grande
núcleo cultural, nominado como Curro Velho, instituição de arte e educação, a
qual atende pessoas e estudantes da comunidade do Telégrafo e de escolas
públicas, majoritariamente.
As qualidades do bairro são indispensáveis,
principalmente por sua diversidade cultural, pela sua caraterística
predominantemente familiar, inúmeros pontos comerciais, praças, restaurantes,
bancos, supermercados, correios, supercenter, farmácias etc. No entanto, é
nítido o crescimento da violência no local, com um quadro crescente do número
de assaltos, onde os principais alvos dos criminosos são pedestres, farmácias e
lojas, principalmente no centro comercial. Segundo os moradores, o policiamento
ainda deixa a desejar, mesmo havendo delegacias perto dos locais mais visados pelos
infratores, já a polícia afirma que estas estatísticas não apontam alto índice
de criminalidade no bairro, mas é inegável o crescimento do mesmo.
Mapeamento de comunicação comunitária no bairro do Telégrafo Sem Fio. |
Rádio poste Publicidade Brasil
No bairro do Telégrafo,
encontram-se vários tipos de práticas de comunicação, dentre eles estão rádios
postes, carros-sons, bicicletas-sons, panfletagem, banners, outdoors etc.,
comumente utilizados pelos anunciantes que investem e comercializam no local, o
qual é predominantemente periférico, tradicional e de classe social baixa.
Sabe quando você anda pelas ruas
e ouve vozes, anúncios e musicas saindo de algum lugar desconhecido e quando
olha para cima se depara com aquelas caixinhas de som gritando por atenção e
clamando por não serem esquecidas? Pois é, essas “caixinhas”, que eram
conhecidas como rádio cipó, ainda insistem em permanecer em alguns bairros da
cidade de Belém, atualmente cercada por outros tipos de comunicação que
prioriza um alcance de pessoas com maior raio de distância.
Foto 1 - A rádio Publicidade Brasil, atuante e inaugurada no bairro a mais de 60 anos.
A rádio Publicidade Brasil (fotos
1 e 3), existente a mais de 60 anos e localizada na travessa Coronel Luís
Bentes, próximo a feira do Telégrafo, centro comercial do bairro, é responsável
em levar as notícias, músicas e propagandas para os moradores do bairro do
Telégrafo Sem Fio. O proprietário, Otoniel Campos, comprou a rádio na década de
90 e até hoje a mantem com muita dedicação juntamente com seu filho Eduardo
(foto 2).
Foto 2 - Eduardo, filho do atual proprietário da rádio, ajuda o pai na execução das programações.
Otoniel sempre trabalhou com som,
antes de assumir a rádio, montava aparelhagens, mas deixou o ramo e passou a se
dedicar para o meio de comunicação de poste. O filho, Eduardo, auxilia o pai no
trabalho, e afirma que o principal objetivo da “rádio cipó” é atender a
comunidade, que, a muitos anos, conta com o meio para anunciar objetos e
animais perdidos, dedicar canções, divulgar eventos, horário de celebrações
religiosas etc.
Foto 3 - A estrutura da Publicidade Brasil dispensa luxo, mas está sempre pronta para atender a comunidade, no quadro, o atual proprietário, Sr. Otoniel Campos. |
A forma de comunicação
comunitária também é alvo de comerciantes e lojistas que tem seus pontos de
venda na feira do Telégrafo e pretendem alcançar os moradores da redondeza. A
Prefeitura Municipal de Belém também anuncia todos os dias através da mesma. Por
ter como principal objetivo assistir a
sociedade, o anunciador não cobra na maioria dos pedidos e anúncios avulsos,
como perda de documentos, mas o preço para utilizar o meio como divulgação e
proclamação vária entre R$ 5,40 até R$ 1.101,60/mensais, dependendo da duração
da publicidade ou o tipo desta.
A Publicidade Brasil possui
diplomas de Consagração Pública, que declara destaque na preferência e simpatia
popular de acordo com a pesquisa de opinião pública realizada na cidade. A
rádio tem 70 canais (caixas de som em postes), espalhadas pelo bairro do
Telégrafo, as quais abrangem a Feira do Telégrafo, Feira do Barreiro, Avenida Visconde
de Souza Franco (Doca) e Avenida Senado Lemos até a Ponte do Galo. Seu horário
de funcionamento vai de segunda a sexta, das 08h00 ao 12h00 e de 16h00 as
18h00, e aos sábados das 08h00 até as 12h00.
Foto 4 - A "caixinha" determina a presença da rádio poste no bairro do Telégrafo (Localização: Tv. Coronel Luís Bentes). |
Eduardo afirma que muitas caixas
já foram tiradas do bairro por reclamações de moradores, principalmente idosos,
por o bairro sediar hospitais e maternidades e também pelo descaso e
desvalorização do meio pela sociedade que hoje tem encontrado outras formas de
comunicar-se. No entanto, ainda existem pessoas que vão até a rádio pedir para
que sejam anunciados seus interesses, e, por ser um bairro historicamente
familiar e com tradições de vizinhanças e laços de amizades, poucos telefonam
para Publicidade Brasil, eles preferem ir pessoalmente e satisfazer suas
intenções em preservar essa comunicação a tempos esquecida e desprezada por
muitos.
Olá
ResponderExcluirGostaria muito de saber se existem pessoas moradores do bairro do telégrafo em belém que conheceram minha avó ou a familia ( por volta do ano de 1930 a 1940), o nome dela era Sulamita Cardoso Pereira. Ela casou-se com Álvaro de Sá Queiroz e vieram morar no antigo território do Rio Branco que depois passou a se chamar Territorio de Roraima , hoje estado de Roraima. Minha mãe não tem muitas lembranças dela, mas tem uma ou duas fotos. Pois minha mãe com 02 anos de idade ficou orfã de mãe e aos 14 anos seu pai morreu. Por favor se tiver alguma pessoa que conheceu Sulamita Cardoso Pereira entre em contato. Pois única lembrança que sabemos é que ela nascida em Belém morava no Telégrafo.Se possivel noticias enviar rocilmaq@gmail.com
olá!
ResponderExcluirboa tarde gente , estou a procura de algum parente do meu pai ai no bairro telegrafo.
ele chamava Carlos Alberto Almeida dos Santos, e era filho de Maria Belizia Almeida dos santos e José Mario dos Santos.
tudo que eu e minhas irmãs sabemos é que desde os 12 anos quando ele fugiu de casa pro Maranhão que papai perdeu o contato com a família,sabemos que ele tem um irmão, e que minha avó morreu uns três anos antes de ele fugir dai.
meu pai faleceu em 1997 e de lá pra estamos tentando encontrar algum parente dele,será muito bom mesmo saber um pouco mais da vida de meu amado pai,se vc conhece ou conheceu algum parente dele irmão,tio,primo etc... qualquer parentesco mesmo entre em contato comigo no e-mail belizia84@hotmail.com,são muitos anos de vazio e silêncio pela saudade dele,se ele tivesse vivo ia gostar de ver alguém de sua família.
quando eu tinha oito anos me lembro de uma vez em que ele falou que minha avó,trabalhou muitos anos na santa casa da Misericórdia dai do Pará.E COMO MORAMOS AQUI NO MARANHÃO FICA BEM DIFÍCIL A LOCOMOÇÃO ATÉ AI PRA BUSCAR QUALQUER INFORMAÇÃO.minha mãe já colocou em varias rádios assim como eu e minhas irmãs também.
por favor ajude-nos a conhecermos um pouco mais de nossa historia.
Maria belizia
Aqui na passagem Boca do Acre no bairro do telégrafo, tinha uma senhora idosa, já falecida, que trabalhou muitos anos na Santa..Casa.
ExcluirParabéns, minha família mora ainda no telégrafo mas eu não sabia que o bairro um dia se chamou são João do Bruno...
ResponderExcluirMorei no Telégrafo, lembro do trem por onde hj é avenida Pedro Álvares Cabral. A antiga nominação do local me surpreendeu.
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