domingo, 7 de setembro de 2014

Mansur Som - A rádio de poste do Belo Centro

Mansur Som
A rádio de poste do Belo Centro

Escolhi, para fazer esse trabalho, a rádio de poste do centro comercial de Belém, cuja história se confunde com a história de vida da minha família, e, portanto, com a minha própria.

Desde o final da década de 40, meu avô materno, o Sr. Antônio Mansur, brasileiro com ascendência árabe nascido em Maués, Amazonas, instalou e comercializou anúncios comerciais na praça da igreja matriz na Vila do Mosqueiro.

O sistema era muito simples: bocas de ferro instaladas no alto dos postes da praça e muita disposição pra bater perna e vender seu produto entre os comerciantes locais: anúncios comerciais. Entre uma e outra veiculação, notícias sobre o tempo, a sociedade local, os horários de chegada e saída do vapor (que levava e trazia veranistas de Belém), entre outras amenidades.

Mas o antológico ‘Seu Mansur’, que tinha lá seus desafetos, comprou uma briga com o prefeito de Mosqueiro (hoje seria agente distrital) e acabou levando um tiro na perna (nada demais, apenas de raspão), o que o fez retornar a Belém, já no ano de 1960.

Como isso era a única coisa que sabia fazer, ele procurou a prefeitura local e propôs fazer a mesma coisa – uma rádio de poste – no centro comercial da capital. O prefeito da época era Moura Carvalho, grande entusiasta do rádio, que permitiu que um dos pioneiros (talvez ‘o’ pioneiro) das rádios de poste no Pará fizesse o que sabia fazer de melhor: comunicar.

A partir daí o sistema de rádio de poste começou a funcionar pela feira do Ver o peso, depois passou pra Praça do relógio e por último foi instalada a primeira rádio de poste do centro comercial de Belém, que se estendia desde a Presidente Vargas até a Av. Portugal, pelas ruas João Alfredo e Santo Antônio, além de algumas transversais como Padre Eutíquio, Campos Sales e Padre Prudêncio. Esse perímetro que eu especifiquei acima cobre todas as principais ruas do comércio de Belém, ou seja, a rádio de poste tinha um enorme alcance entre os transeuntes que freqüentavam o chamado Belo Centro.

O serviço consistia em visitar uma a uma as casas comerciais da época, tais como: Radiolux, Avistão (conhecida loja do posterior governador do Pará), Nossa Livraria de Belém, Ótica disco de ouro, Sapataria Carrapatoso, Sapataria Leão de Ouro, Farmácia Droganossa, Joalheria Sulamericana, Livraria Jinkings, Papelaria e Livraria Vitória, Lojas Center, Loja de ferragens Portuense, entre muitas, muitas outras; e oferecer o único produto da rádio de poste: anúncios comerciais.

A coisa era feita da seguinte forma: não havia spot gravado, a mensagem era lida, ao vivo, pelo locutor. Se o cliente pagasse por 20 inserções diárias, seriam 20 as vezes que o locutor leria o anúncio ao vivo. Mas graças ao avanço da tecnologia logo depois veio o rolo magnético, o que permitiu que os anúncios fossem gravados. A Aiwa, marca japonesa muito respeitada, era pioneira da fabricação desses aparelhos (que eu via com muita freqüência nos estúdios da casa dos meus avós e do comércio).

rolo aiwa.jpg

Durante muitos anos a MANSUR SOM foi responsável pela veiculação dos anúncios comercias das lojas do centro comercial da capital. Isso numa época anterior aos camelôs, às aparelhagens de rua, às lojas que colocam uma caixa de som (como a mostrada abaixo) na frente das lojas com um vendedor gritando na frente (e afastando os clientes com gracinhas grosseiras).

caixa de som.jpg

Era uma Belém mais elegante, mais classuda, que não recebia bem gritos e essa competição por quem aumenta mais a sua caixa de som. Competição essa em que o cidadão sempre perde, lamentavelmente.

Além das inserções comerciais – que informavam, por exemplo, que chegaram sapatos novos nas Lojas Carrapatoso ou que a Livraria Jinkings já está com a sua lista completa de livros didáticos – haviam também vinhetas com a hora certa, notícias em forma de notas rápidas, vez por outra um programa do gestor com uma breve prestação de contas, entre outras inserções que variavam de tempos em tempos.

A rádio também prestava serviços a população, como por exemplo, anunciava quando alguém perdia ou achava documentos no centro comercial.


Meu avô faleceu há 4 anos, completos no dia 23 de Junho. Faleceu com 86 anos, numa quarta-feira. Na véspera tinha ido trabalhar normalmente, vendendo seus anúncios comerciais e recebendo por eles, nas casas comerciais de Belém. A rádio ainda existe, hoje conta com mais de 54 anos de funcionamento, e é gerenciada pelo meu tio mais novo, Fábio Mansur, herdeiro do conhecimento e bom nome do Seu Mansur.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

O MARCO DE BELÉM

COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA: BAIRRO DO MARCO

Marco é um bairro de Belém do Pará, residencial de classe média e periférico localizado entre a periferia e o centro, possui como principais avenidas e ruas a Av. João Paulo II, e parte da Av. Almirante Barroso, entre outras.
O Bosque Rodrigues Alves (um grande jardim zoobotânico conhecido internacionalmente) também se localiza no bairro, assim como a sede do Instituto de Meteorologia em Belém, os Campi II III e V da UEPA (Universidade do Estado do Pará), a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e a ADA (Agência de Desenvolvimento da Amazônia - antiga SUDAM), culturalmente o Marco possui o Teatro do SESI, anexo ao seu complexo recreativo e esportivo. Há também outros complexos recreativos e esportivos importantes como o da Tuna Luso Brasileira, além dos estádios do Clube do Remo e Paysandu Sport Club.
Antônio Lemos, na virada do século XIX para o XX, com os recursos propiciados pelas exportações da borracha amazônica, de fato, remodelou Belém além de planejar o novo bairro do Marco. Foi iniciada a rede de esgotos, uso de iluminação pública agora elétrica, mudança dos largos em praças ajardinadas, alargamento dos calçamentos, criação de ruas largas com 30 e 40 metros foram criadas no bairro.
Nos dias de hoje muita coisa ainda falta ser implementada no bairro, principalmente na área localizada entre as Avenidas Primeiro de Dezembro e Perimetral, tradicionalmente conhecida por baixada do Marco.

TIPOS DE COMUNICAÇÃO:
CARROS SOM:
Existem varios carros de som pelo bairro, muitos deles com propagandas de aparelhagens, e no período atual vários e vários com propagandar políticas soando jingles e mais jingles, assim contagiando a população a votar no dia das eleições.

RÁDIO:
Em alguns pontos e esquinas do bairro existem caixas de com espalhadas em postes com uma rádio chamada "RÁDIO DO MARCO", onde são propagados anúncios de pequenos mercadinhos e açougues da região e também várias músicas de origem paraense, como Liah Soares, Fafá de Belém, Pinduca e Gangue do Eletron outros. 

#CIDADEQUEFALA #RENANRIBEIRO #ESTÁCIOFAP #MARCO #BELÉM #COMUNICAÇÃOCOMUNITÁRIA #VIVIANEBARRETO

Centro beleza e caridade


Na Tv Perebibui encontramos o Salão Lindalva Fashion Hair, e já existe neste local há 9 anos, e sempre com uma clientela bem grande. Alem do espaço do salão há uma estética onde os serviços são complementos dos outros. O salão atinge vários públicos, desde crianças aos mais velhos. A dona do salão, Lindalva, é pastora de uma igreja, assim, um dia da semana ela faz um culto no salão, e uma vez por mês ela faz o culto de ação de graças onde são feita a entrega de alimentos para familias carentes da redondeza, com ajuda dos clientes do salão e da estetica.
#salão #Lindalvafashionhair #estetica #caridade #JoaoVictorDosSantos #2014

Parque Verde é conhecido como “Nova Belém” pelo mercado imobiliário.

O bairro Parque Verde, que tem como principal via a Rodovia Augusto Montenegro era um bairro tipicamente residencial, durante anos o bairro foi pouco habitado e com várias áreas verdes ocupando espaços. Nos últimos anos cresceu através da migração dos bairros centrais de Belém para os bairros distantes. Os primeiros empreendimentos residenciais foram marcados por condomínios de alto padrão e conjuntos residenciais, logo em seguida vieram Supermercados, Colégios, Faculdades, Casas de Shows Noturnas, etc. e por último e recentemente o tão aguardado Shopping. Ou seja, o bairro Parque Verde é conhecido como “Nova Belém” pelo mercado imobiliário e acabou se tornando uma passarela de possibilidade dos que residem em sua área de influência. E hoje se torna um dos principais pontos de novos empreendimentos habitacionais e comerciais de Belém. 

Mapeamento


#ParqueVerde #RodoviaAugusto Montenegro #NovaBelém #NeyGabrielCamposMonteiro #1001

Comunicação comunitária e Ponto de encontro da cultura Hip Hop.

Espaço de desenvolvimento de novos MC’s.

Koalla Crew em batalha.
Construído em função da grande movimentação comercial em Belém no ano de 1910, o mercado de São Brás tem uma grande importância no cenário Hip Hop paraense.
A comunicação comunitária está presente também no cenário urbano da grande capital, é o exemplo da Batalha de São Brás, um grupo de jovens que tem como um ideal debater os problemas enfrentados no dia a dia.
“Já existem debates sobre assuntos como a legalização da maconha, racismo e entre outros dentro da batalha. O grupo se reflete nos problemas que cada um enfrenta no cotidiano e se inspiram para assim fazer uma rima ao ar livre” diz Israel di Sousa em entrevista.
Assim como Israel encontramos outros jovens que também tem uma contribuição forte no cenário.
É o caso de Josiane Franco (Mana Josy Mc) que com 18 anos de estrada representa a classe feminina e tem como atuação quebrar o paradigma de que o Hip Hop é apenas para homens. “Comecei a travar minha primeira luta, que era tentar me manter como mulher na cultura em um universo que é masculino, com essas ideias de transformação do qual eu compreendi que o Hip Hop é um instrumento de transformação, e da nossa consciência dentro da periferia” em entrevista.
Daniel ADR em gravação no estúdio Di Roxa Produções.
Everton Oliveira (Everton MC) que já tem 3 anos na batalha atualmente já conseguiu vender 900 copias de sua mix tape que se chama “Flow cabano” produzida pela produtora Di Roxa Produções que tem como produção Israel de Sousa.
Para Everton tudo isso é gratificante, pois todos os sábados o grupo se reúne na praça de São Brás onde até então nunca deixam de se reunir.
O objetivo da batalha para Everton é dar espaço para aqueles MC’s que ainda não tiveram oportunidade para divulgar o seu trabalho, e com medidas colaborativas aos poucos cada um grava seu CD para cada vez mais serem conhecidos pela comunidade.
Para um bom rimador, é preciso ter conteúdo e bastante informações e a leitura seria a mais importante, diz Daniel Costa que conquistou a Batalha da Floresta e que vai representar o Pará no duelo nacional de MC’s em Brasília.

Já que a comunicação comunitária está acessível para a comunidade, e que muitas das vezes a própria comunidade é a autora disso, os problemas em que a sociedade enfrenta, o grupo leva consigo em mente um poder de transformação e que algum dia suas palavras sejam ouvidas por todos.

Entrevista de Paulo Castro





segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Comunicação no bairro da Cremação


Tendo sua origem no antigo Forno Crematório, construído no governo do Intendente Antônio Lemos (1897 - 1910), o bairro da Cremação é um dos mais antigos de Belém. Construído na época da Belle Époque, este forno tinha como objetivo queimar o lixo produzido na cidade, mantando-a limpa. Hoje este forno está desativado e ao seu redor foi construída uma praça que mantem o nome dado à construção no final do século XIX e inicio do século XX.

O bairro da Cremação também é conhecido pela Malhação de Judas, festa realizada na semana santa.

Quando falamos em comunicação dentro da bairro da Cremação, encontramos um sério problema. Não há rádio de poste (exceto na feira do bairro) ou carros-som circulando pelo bairro com frequência, divulgando assuntos relacionados ao cotidiano do bairro.

Na Avenida Fernando Guilhon, a antiga Conceição, uma das principais ruas do bairro, isso se torna mais visível. É cada vez mais raro de se ver carros-som passando pela avenida noticiando algo público, que afetará a comunidade. Rádio de poste é inexistente.

MAPEAMENTO DO CONJUNTO PANORAMA XXI




O Conjunto Panorama XXI está localizado na Rod. Augusto Montenegro KM 03, é um conjunto habitacional que tem um centro comercial bastante movimento durante o dia devido a variedade de lojas de vestuários, supermercados, açougues, feira, churrascaria, barzinho, salões de beleza, academia, escolas, ótica, farmácia, consultórios médicos, pet shop, enfim, é um lugar que tem tudo menos segurança pública (o que acontece em vários bairros da capital) os assaltos são constantes.


A Comunicação

No bairro tem algumas formas de comunicação, na rua principal os comerciantes usam caixas de som na porta dos seus estabelecimentos para fazer a propaganda, alguns usam os muros de algumas residências para anunciar, tem os carros e bicicletas de som que transitam pelo conjunto.





Bairro do Telégrafo tem rádio poste a mais de 60 anos


Telégrafo Sem Fio, popularmente conhecido como “o bairro do Telégrafo”, é conhecido, essencialmente, por suas características familiares, tendo por peculiaridades a presença de pequenos mercados, feiras, comércios, mercantis, centros históricos, colégios estaduais e entre outros locais predominantemente passados de geração em geração. À alguns anos o bairro tem deixado de ser considerado periférico, passando a ser um local promissor, onde já encontram-se grandes supermercados, farmácias e comércios de grandes variedades.
O bairro São João do Bruno – como era denominado antigamente – passou a ser chamado como Telégrafo quando um “Telégrafo Sem Fio” foi instalado no local. Sua principais ruas e avenidas são Senador Lemos, Curuçá, uma parte da 14 de março e Pedro Álvares Cabral. Embora não seja tão conhecido quanto outros centros históricos, o bairro aloca lugares como referências para a história da cidade de Belém, como o prédio da Universidade Estadual do Pará (UEPA), localizado na Travessa Djalma Dutra, onde, inicialmente, tinha como intuito ser uma penitenciária estadual; e um grande núcleo cultural, nominado como Curro Velho, instituição de arte e educação, a qual atende pessoas e estudantes da comunidade do Telégrafo e de escolas públicas, majoritariamente.
As qualidades do bairro são indispensáveis, principalmente por sua diversidade cultural, pela sua caraterística predominantemente familiar, inúmeros pontos comerciais, praças, restaurantes, bancos, supermercados, correios, supercenter, farmácias etc. No entanto, é nítido o crescimento da violência no local, com um quadro crescente do número de assaltos, onde os principais alvos dos criminosos são pedestres, farmácias e lojas, principalmente no centro comercial. Segundo os moradores, o policiamento ainda deixa a desejar, mesmo havendo delegacias perto dos locais mais visados pelos infratores, já a polícia afirma que estas estatísticas não apontam alto índice de criminalidade no bairro, mas é inegável o crescimento do mesmo.

Mapeamento de comunicação comunitária no bairro do Telégrafo Sem Fio. 


Rádio poste Publicidade Brasil
No bairro do Telégrafo, encontram-se vários tipos de práticas de comunicação, dentre eles estão rádios postes, carros-sons, bicicletas-sons, panfletagem, banners, outdoors etc., comumente utilizados pelos anunciantes que investem e comercializam no local, o qual é predominantemente periférico, tradicional e de classe social baixa.
Sabe quando você anda pelas ruas e ouve vozes, anúncios e musicas saindo de algum lugar desconhecido e quando olha para cima se depara com aquelas caixinhas de som gritando por atenção e clamando por não serem esquecidas? Pois é, essas “caixinhas”, que eram conhecidas como rádio cipó, ainda insistem em permanecer em alguns bairros da cidade de Belém, atualmente cercada por outros tipos de comunicação que prioriza um alcance de pessoas com maior raio de distância.

Foto 1 - A rádio Publicidade Brasil, atuante e inaugurada no bairro a mais de 60 anos.

A rádio Publicidade Brasil (fotos 1 e 3), existente a mais de 60 anos e localizada na travessa Coronel Luís Bentes, próximo a feira do Telégrafo, centro comercial do bairro, é responsável em levar as notícias, músicas e propagandas para os moradores do bairro do Telégrafo Sem Fio. O proprietário, Otoniel Campos, comprou a rádio na década de 90 e até hoje a mantem com muita dedicação juntamente com seu filho Eduardo (foto 2).

Foto 2 - Eduardo, filho do atual proprietário da rádio, ajuda o pai na execução das programações.

Otoniel sempre trabalhou com som, antes de assumir a rádio, montava aparelhagens, mas deixou o ramo e passou a se dedicar para o meio de comunicação de poste. O filho, Eduardo, auxilia o pai no trabalho, e afirma que o principal objetivo da “rádio cipó” é atender a comunidade, que, a muitos anos, conta com o meio para anunciar objetos e animais perdidos, dedicar canções, divulgar eventos, horário de celebrações religiosas etc.

Foto 3 - A estrutura da Publicidade Brasil dispensa luxo, mas está sempre pronta para atender a comunidade, no quadro, o atual proprietário, Sr. Otoniel Campos.

A forma de comunicação comunitária também é alvo de comerciantes e lojistas que tem seus pontos de venda na feira do Telégrafo e pretendem alcançar os moradores da redondeza. A Prefeitura Municipal de Belém também anuncia todos os dias através da mesma. Por ter como principal objetivo  assistir a sociedade, o anunciador não cobra na maioria dos pedidos e anúncios avulsos, como perda de documentos, mas o preço para utilizar o meio como divulgação e proclamação vária entre R$ 5,40 até R$ 1.101,60/mensais, dependendo da duração da publicidade ou o tipo desta.
A Publicidade Brasil possui diplomas de Consagração Pública, que declara destaque na preferência e simpatia popular de acordo com a pesquisa de opinião pública realizada na cidade. A rádio tem 70 canais (caixas de som em postes), espalhadas pelo bairro do Telégrafo, as quais abrangem a Feira do Telégrafo, Feira do Barreiro, Avenida Visconde de Souza Franco (Doca) e Avenida Senado Lemos até a Ponte do Galo. Seu horário de funcionamento vai de segunda a sexta, das 08h00 ao 12h00 e de 16h00 as 18h00, e aos sábados das 08h00 até as 12h00.

Foto 4 - A "caixinha" determina a presença da rádio poste no bairro do Telégrafo (Localização: Tv. Coronel Luís Bentes).
Eduardo afirma que muitas caixas já foram tiradas do bairro por reclamações de moradores, principalmente idosos, por o bairro sediar hospitais e maternidades e também pelo descaso e desvalorização do meio pela sociedade que hoje tem encontrado outras formas de comunicar-se. No entanto, ainda existem pessoas que vão até a rádio pedir para que sejam anunciados seus interesses, e, por ser um bairro historicamente familiar e com tradições de vizinhanças e laços de amizades, poucos telefonam para Publicidade Brasil, eles preferem ir pessoalmente e satisfazer suas intenções em preservar essa comunicação a tempos esquecida e desprezada por muitos.

Bairro: Télegrafo Ponto de Comunicação: Curro Velho (tuany 3003)

A Rádio Poste, uma alternativa eficiente

            A comunicação hoje é mais do que necessária para a sociedade, ela é essencial. Além disso ela se faz presente em tudo: em uma conversa, cartazes publicitários, pontos comerciais, entre outras inúmeras coisas. Entretanto será destacada aqui apenas uma que, por sinal, é bastante útil e prática não somente aos moradores locais, mas também à pessoas que somente passam por determinados locais: trata-se da Comunicação Sonora, mais especificamente a "Rádio Poste", uma alternativa eficiente que, basicamente, se utiliza de pequenas caixas de som fixadas em postes de energia elétrica e espalha informação e publicidade por vários lugares e para quem quiser, sem que se precise pagar para obtê-las.
            A Rádio Apocalipse fica localizada no Conjunto Império Amazônico, Rua Getúlio Vargas, próximo a Avenida Almirante Barroso no Bairro Souza, na capital paraense Belém. Foi fundada em 2002 por Dorival Galvão, que em 2004 vendeu ao atual proprietário e locutor Roberto Rosas. Abrangendo uma média de 25 postes com caixas de som fixas, a rádio sobrevive da publicidade, porém, não está voltada apenas à ela, mas aos interesses da comunidade presente neste conjunto. Se preocupa com conscientização dos moradores, relata acontecimentos locais, dá notícias diárias, avisos, sugestões, além de divulgações de CD's entre outras diversas coisas e a programação é geralmente feita em horário comercial.

Conjunto Império Amazônico e Avenida Almirante barroso. / Fonte Google Maps

            
Locutor e proprietário Roberto Rosas no estúdio da Rádio Apocalipse

Por: Letícia Miranda




Bairro do Guamá

BAIRRO DO GUAMÁ


O bairro do Guamá localiza-se na periferia de Belém; Sua população contém um numero significativo de habitantes de em média 94.610 habitantes, sua grande parte de classe média baixa.

No bairro está situado o compus da universidade federal do Pará (UFPA), uma das principais vias de acesso é a borda do rio Guamá.

Possui diversos portos e empresas de navegação e frete marítimos, o transito é caótico por conta da intensa movimentação de cargas e descargas de mercadorias que chegam aos portos diariamente.

O bairro é dotado de unidades de saúde (posto de saúde do Guamá, hospital Betina, Hospital universitário Barros Barreto, pronto socorro do Guamá etc..), complexo de abastecimento (Mercado do Guamá), CRAS (centro de referencia de assistência social) além de lojas e estabelecimentos que atendem a demanda da população.


Conversamos com seu Enoque que há 17 anos vende tapioquinhas pelo bairro na sua bicicleta cargueira além de ter um ponto em sua própria casa. Sua renda mensal é de mais ou menos 900 reais semanais, percorrendo com a bicicleta pelo bairro, alcança uma grande parte da população proxima de onde reside, tendo assim já consquistado clientes fiéis. Seu Enoque e sua esposa Dona Anastácia o ajuda em seu ponto além de fazer as deliciosas e famosas tapioquinhas com sabores variados.
Não houve registro pois no momento estavámos sem equipamento (celular) para isto.
Ps. Encontramos Seu Enoque enquanto Fazíamos pesquisa pelo bairro.




#BairroDoGuamá #vendendorDeTapioca #RuaVinteDeFevereiro #Passagem12deJunho #DarleneDeOliveiraLobato #RayssaAbreuLobo #TurmaPP #manhã


Bairro do Icuí - Ananindeua


(Pequena parte do Bairro)
O bairro Icuí-Guajará mais popularmente conhecido por Icuí, localizado no município de Ananindeua, ele  em si possui poucas áreas planejadas, o bairro foi formado basicamente por loteamentos, condomínios e mais recentemente com áreas invadidas (que antes anteriormente eram ocupadas por sítios e chácaras, que com o passar do tempo ficaram abandonadas), apesar de ainda existirem sítios, chácaras e até algumas fazendas o bairro está passando por uma fase de grande transformação onde o número de habitantes que já é de 80 mil vem aumentando ainda mais. Principalmente depois que foi anunciado a doação da “granja do governador” ao município de Ananindeua área que vai se transformar em um Polo Universitário ainda em construção. Mais nem tudo são rosas no bairro do Icuí, a violência e a falta de saneamento básico , agua encanada e as ruas fantasmas que foram “misteriosamente asfaltadas” apenas no papel no primeiro mandato do Prefeito Pioneiro, são alguns dos problemas que a população têm que enfrentar, além dos constantes assaltos nos ônibus que já foram alvo de muitas mortes de passageiros, cobradores e motoristas. O tráfego de drogas como muitos bairros também se faz presente na rotina de muito moradores que vivem no final do bairro. Apesar de muitos problemas, o bairro e um dos poucos em Ananindeua que mantem aquele velho costume dos vizinhos que se conhecem, da vizinhança que ajuda um ao outro e um bairro de vive em comunidade.
Um bairro extremamente residencial, com uma ou outra fábrica povoando o lugar. Como se trata de um bairro grande, ele e separado por condomínios conjuntos, casas comuns, uma feira muito conhecida, alguns mercadinhos e talvez o local mais conhecido seja o Clube dos Cabos e Soldados lugar onde praticamente toda pessoa que mora no bairro já visitou o lugar pelo menos uma vez. Como o Clube e o centro de lazer mais conhecido do bairro é também o lugar que mais divulga suas atrações através do meio que escolhi para apresentar que também e o meio mais antigo e um dos mais usado no bairro, os famosos Carros Som.
(Foto do Único carro que não estava rodando no dia em que conversei com o Frank)
Conheci o senhor Frank Santos que e dono de 03 carros som que passam pelo bairro divulgando as atrações do Clube dos Cabos e Soldados, da Paróquia, do Campo Conhecido por Elizeu(também lar de muitas atrações e ações comunitárias) e eventualmente algum dono de Mercadinho ou de qualquer outro ponto muito conhecido no bairro anuncia também.

Trabalhando a 07 anos com Carros de Som, ele começou apenas com um carro pois estava sem emprego e tinha uma caixa de som que foi improvisada para anunciar e distribuir cortesias de um evento que iria acontecer no Clube dos Cabos e Soldados, a partir desse dia, ele nunca mais parou, hoje e dono de um Cybercafé, Apartamentos para alugar no bairro além de mais dois carros que comprou depois.

Ele atualmente está com dois carros divulgando um candidato a Deputado federal, e outro carro divulgando eventos do Clube do bairro. Frank não quis entrar em detalhes a respeito de quanto cobra para a divulgação. Aparentemente o negócio já se tornou tradição pois seu filho mais velho também passou a ajudar o pai no negócio de Carros de Som.

#ICuí #RayaneJoyceCarneiroSilva  #Turma3001 #PP


   Anfiteatro da Praça da República localizando no Bairro da Campina.  Lugar de manifestações culturais e artísticas que buscam dialogar com a sociedade através de apresentações teatrais, performances e outro. Um ótimo lugar para ir com amigos e familiares prestigiar trabalhos como do Grupo Engrenagem            
que esteve se apresentando com o espetáculo  “A caravana No caminho das ilusões” no mês passado para os que não puderam comparecer a temporada que fizemos no Teatro Universitário Cláudio Barradas. Essa foi uma forma que o Grupo encontrou de levar sua arte aos que não tem acesso ao teatro, pois acreditamos na democratização da arte e em um teatro para todos.



 Sobre o espetáculo:


A caravana no caminho das ilusões trata-se de um espetáculo que busca revelar de forma poética o percurso de uma família de artistas itinerantes, que desde muito cedo descobriram o amor pela arte, além disso, retratam os anseios, angústias e vários sentimentos humanos devido à perda do pai, tudo para manter vivo um sonho “louco” de dar continuidade à tradição de miseráveis saltimbancos, e a pergunta que os assombram: E agora? Qual dos caminhos seguir?
Chegando a uma encruzilhada, se deparam com uma Cigana sedutora, misteriosa e banida que revela todo o seu desprezo pelo povo da cidade.
Da linguagem do Clown, Comédia dell’arte e o universo circense os atores dão vida aos personagens. Como trilha sonora a trupe trás paródias de cantigas de rodas e instrumentos tocados pelos atores em cena.

Baseado na obra do professor e dramaturgo Alcione Araújo, o Grupo Engrenagem pede “licença” para passar por vários caminhos traçados pelos destinos e da vida a esse espetáculo, porque somos todos ARTISTAS! 

Por um Guamá Leitor


O bairro do Guamá é o mais populoso da cidade de Belém, contando com aproximadamente 94.000 habitantes. As linhas de transporte que circulam diariamente no local são: Satélite-UFPA, Guamá-Conselheiro, Marituba UFPA, Guamá Montepio, Guamá-Centro Histórico, Pedreira UFPA, Alcindo Cacela-UFPA.

De vocabulário indígena, Guamá significa rio que chove. Entre os destaques do bairro, na Avenida Bernardo Sayão, existe o Rio Guamá. Sua bacia hidrográfica tem cerca de 87.389,54 km² de área, com as passagens formadas pelo munícipio de São Miguel do Guamá à Baía do Guajará, e também é onde fica localizada a Universidade Federal do Pará.

A principal localidade do Guamá é a Rua Barão de Igarapé Miri, porque abriga o Mercado Municipal do Guamá e escolas públicas, como Escola Municipal Pe. Leandro Pinheiro, e escolas particulares, exemplo disso é a Escola Madre Zarife. Outro destaque do bairro é o Juizado Especial do Guamá e Estação Cidadania Guamá e o Cemitério Público Santa Izabel.

O Guamá é reconhecido também por lutas históricas e sociais, sobretudo lutas contra a discriminação e carência de recursos. Por ausência do apoio do governo, muitas entidades nascem pela vontade de melhorias públicas e ajudar a comunidade que as rodeia. Uma dessas organizações é o Espaço Cultural Nossa Biblioteca.
Há mais de 36 anos, o espaço sem fins lucrativos, vem incentivando crianças, adolescentes e idosos o interesse pela leitura e atividades que engradeçam as suas capacidades intelectuais e socialmente coletivas. Atualmente, a organização conta com o apoio de parceiros como “Criança Esperança”, “Instituto C&A” e o “Fundo Para Infância e Adolescência (FIA)”.

Essas parcerias integram os projetos Cine Guamá, Exposição Ver-o-Guamá, Polo de Leitura - Resistência Guamazônica. As projeções ampliam-se para outras organizações, por exemplo, o projeto “Polo de Leitura” participa das atividades da Escola Berço de Belém e o Lar Fabiano de Cristo, que também fica localizado no Guamá.


Além das práticas literárias, o Espaço Cultural Nossa Biblioteca oferece aos visitantes aulas de música, dinâmicas educacionais, além das programações externas. Mensalmente, o espaço recebe escritores paraenses e também homenagens a escritores importantes na história literatura, tendo esse mês, dedicatória ao poeta Rubem Alves.

 Apesar das dificuldades, os responsáveis pelo centro de leitura continuam enxergando a esperança para a transformação de jovens leitores. 

Tendo orgulho dos bons frutos colhidos na comunidade guamasense. Sem deixar para trás o sonho de tornar a sociedade paraense, como um todo, apaixonada pela leitura.